O dia 17 de novembro é o Dia Mundial da Prematuridade que tem por objetivo não comemorar a prematuridade, mas sim despertar a atenção da população para um problema que atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. No Brasil, 340 mil bebês nascem de maneira prematura a cada ano, o equivalente a 931 por dia ou a 6 prematuros a cada 10 minutos.
O roxo simboliza sensibilidade e individualidade, características que são muito peculiares aos nossos pequeninos. O roxo também significa transmutação, ou seja, mudança; a arte de transformar algo em outra forma, transformação.
Alguém duvida que nossos prematuros não se transformam nas unidades neonatais?
O 17 de novembro foi escolhido porque este dia tem um significado muito especial e emocionante para um dos fundadores da EFCNI (Fundação europeia para os cuidados com o recém-nascido). Após a morte de seus trigêmeos prematuros, em dezembro de 2006, ele tornou-se pai de uma filha nascida em 17 de novembro de 2008. Ao mesmo tempo, o March of Dimes, organização de caridade Americana para prematuros e recém-nascidos, teve uma ideia semelhante e lançou um Dia da Consciência para a Prematuridade, em 17 de novembro nos EUA e a partir daí ela se espalhou pelo mundo.
Neste ano, o Ministério da Saúde, bem com várias entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a ONG prematuridade.com, lançaram a campanha “Garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento” – e estão programando diversas atividades durante o mês de novembro.
O grande objetivo desse movimento é provocar uma reflexão de pais, familiares, profissionais de saúde, gestores, órgãos públicos, instituições privadas e a sociedade em geral, visando buscar mecanismos para que uma assistência mais qualificada seja oferecida aos prematuros. Compreende-se que todo o cuidado traz um impacto permanente na sobrevida desses bebês, onde cada um contribui direta e indiretamente para a qualidade de vida dos prematuros sob sua responsabilidade.
A intenção é de que haja uma mobilização nacional para reforçar um modelo de assistência que abrange pré-natal, internação materna, parto e nascimento, internação do recém-nascido, retorno para casa, crescimento e desenvolvimento dos RNs prematuros, além do cuidado humanizado, contato pele a pele entre o recém-nascido e seus pais, controle ambiental, redução da dor, cuidado com a família e suporte da equipe de saúde. Cabe ressaltar que o cuidado qualificado aos prematuros deve ser contínuo, e não apenas no mês em destaque.